O que fazer quando seu filho tem enxaqueca

Em crianças, enxaquecas são confundidas pelos pais com situações mais simples, como sinusite, cólicas abdominais, dor de cabeça tensional, sintomas psicológicos (somatização) ou, ainda, com mais complexas, como tumores cerebrais e aneurismas.
Ter diversos episódios de enxaqueca e demorar a buscar o tratamento pode gerar, na criança e adolescente, ansiedade, depressão e uso crônico de analgésicos, induzindo à tolerância a esses remédios, o que exige mais vezes de uso e maiores dosagens. Pode haver ainda prejuízo funcional e relacional com faltas escolares, mudanças de comportamento e isolamento.
Com o diagnóstico de enxaqueca, caso um episódio ocorra, leve seu filho a um quarto escuro e silencioso, para que adormeça. Usar gelo ou pressionar a área dolorosa pode aliviar temporariamente.
Veja o que fazer de acordo com o ataque:
Dores leves e pouco frequentes: repouso, prevenção de gatilhos, e analgésicos. Sono adequado, refeições regulares, hidratação adequada e evitar sobrecarga na agenda são importantes.
Dores leves a moderadas: analgésicos (Dipirona) ou medicamentos anti‐inflamatórios (Ibuprofeno) são eficazes se dados durante a fase de aura ou dor de cabeça precoce. A cafeína pode ajudar a potencializar o efeito do analgésico. Náuseas e vômitos ocorrem frequentemente durante as crises e são decorrentes de estase gástrica, podendo interferir na absorção de medicamentos orais. O uso precoce de um antiemético pode ajudar a aliviar os sintomas e facilitar o sono.
Dores moderadas a graves: os analgésicos podem ser eficazes, principalmente se usados pela via intravenosa. Também podem ser usadas drogas mais específicas como os triptanos.
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